Centros avançados
Hepatobiliar
A linha de cuidado Hepatobiliar do HSVP presta atendimento especializado às doenças do fígado, das vias biliares e do pâncreas. Inserido em uma estrutura hospitalar completa, oferece consultas, exames e procedimentos diagnósticos e terapêuticos num só lugar, garantindo a segurança, praticidade e eficiência dos serviços.
O setor dispõe de uma equipe multiprofissional coesa, composta por cirurgiões, clínicos especializados, radiologistas e anestesistas, que otimiza o plano terapêutico e reduz o tempo entre diagnóstico e tratamento.
Entre as principais doenças atendidas pelos especialistas estão:
- Nódulos do fígado
- Doenças da vesícula
- Hepatites agudas e crônicas
- Esteatose hepática
- Cirrose hepática
- Lesões e cálculos das vias biliares
- Doenças do pâncreas
- Tumores malignos primários e metastáticos do fígado, das vias biliares e do pâncreas
Estrutura completa
O Centro Hepatobiliar tem suporte das várias especialidades médicas disponíveis no Centro Médico do HSVP. Além disso, o hospital disponibiliza todos os exames complementares, abastecendo o histórico médico do paciente de forma organizada.
Quando necessário, o paciente pode contar também com o atendimento do serviço de Oncologia do HSVP, em prédio anexo, que oferece aos pacientes com câncer conforto e comodidade durante o tratamento.
Equipe
Chefe do Centro Avançado Hepatobiliar
Dr. Douglas Bastos Neves
Equipe Cirúrgica
Dr. Douglas Bastos
Dra. Viviane Stefanelli
Dra. Maria Eduarda Vidal Werneck Pereira
Dr. Lucas Galperin Barberi
Dr. Tadeu Guerra Sá
Equipe Clínica
Dra. Andreia Silva Evangelista
Dra. Renata Martinez Chermont
Dra. Olivia Barberi Luna
Dra. Mauren Cristina Silva Machado
Dra. Bianca Teixeira Mattos da Silva
Anestesistas
Dra. Laura Rotstein Ramalho
Dr. Daniel Restum Lopes Góes
Dr. Guilherme Passebon
Radiologista
Dr. Emerson Curi
Nossas especialidades
O Centro Avançado Hepatobiliar está preparado para atender a qualquer tipo de intercorrência do fígado, das vias biliares e do pâncreas de forma integral, oferecendo ao paciente mais comodidade e eficiência no tratamento. Contamos com equipamentos de última geração para a realização de diversos exames e procedimentos cirúrgicos de baixa, média e alta complexidade.
Conheça nossas especialidades.
Avaliação do Nódulo Hepático
Em geral, o nódulo hepático é um achado incidental durante um exame de imagem realizado por outro motivo. A maioria dos nódulos hepáticos não causa sintomas e é de natureza benigna. No entanto, é fundamental a avaliação por um cirurgião especialista ou pelo hepatologista clínico para fechar o diagnóstico e definir a melhor conduta para o caso.
Atualmente, dispomos de exames de imagem com alta tecnologia, capazes de caracterizar o tipo de nódulo em mais de 90% das situações, dispensando a necessidade de biópsia.
Alguns nódulos benignos podem não exigir cuidados, outros podem demandar acompanhamento ou mesmo a remoção cirúrgica. Os mais encontrados são: o hemangioma hepático, a hiperplasia nodular focal e o adenoma hepatocelular, sendo este último um nódulo benigno com risco de sangramento ou transformação em câncer.
Quando a avaliação indica que o nódulo hepático é maligno (câncer no fígado), existem algumas alternativas para tratamento conforme o estágio da doença. Sempre que possível, deve-se buscar a retirada cirúrgica do nódulo. Os tipos de câncer no fígado mais encontrados são o hepatocarcinoma (ou carcinoma hepatocelular), o colangiocarcinoma e as metástases hepáticas.
No Centro Avançado Hepatobiliar do HSVP, o atendimento por profissionais experientes em um ambiente integrado e de alta complexidade reduz o tempo até o diagnóstico e direciona o paciente rapidamente para o tratamento mais eficiente.
Cirurgia da Vesícula
A cirurgia da vesícula, conhecida tecnicamente como colecistectomia, consiste na retirada completa desse órgão. O procedimento pode ser indicado em caso de cálculos (pedras na vesícula), pólipos, inflamação aguda ou quando há sinais suspeitos para um câncer.
Quando realizada de forma programada, a cirurgia dura cerca de uma hora. Apesar de popularmente chamada de “cirurgia a laser”, a técnica menos invasiva de retirada da vesícula é na realidade a videolaparoscopia, que utiliza uma microcâmera e pinças próprias para realizar a cirurgia através de quatro pequenos cortes.
A equipe do Centro Avançado Hepatobiliar do HSVP realiza a colecistectomia por videolaparoscopia na maioria dos casos, oferecendo uma recuperação mais rápida e possibilitando a alta hospitalar em até 24h. Em alguns poucos casos, mais específicos, um período de internação maior ou uma cirurgia convencional (aberta), podem ser necessários para a segurança do paciente.
Durante a recuperação, é recomendada uma dieta leve, de fácil digestão, sem gorduras, embutidos, alimentos em conserva e bebidas alcoólicas. É também importante manter repouso nos primeiros dias. Aos poucos pode se retornar às caminhadas leves, atividades de trabalho sem esforço físico e dirigir.
Nas consultas de retorno, o cirurgião avalia a liberação gradual das atividades e a normalização da dieta. Durante todo o período pós-operatório nossa equipe cirúrgica fica à disposição para as dúvidas e orientações.
Cirurgia do Fígado
As hepatectomias são cirurgias para remoção de uma parte do fígado e podem ser indicadas em diversas doenças, benignas ou malignas. Nos tumores malignos, a hepatectomia é necessária para conseguir a cura da doença, podendo ser aberta ou realizada sob visão de uma pequena câmera e através de cortes menores, chamada de hepatectomia videolaparoscópica. A escolha por um tipo ou outro depende da localização e tamanho do tumor.
A cirurgia do fígado é considerada um procedimento de alta complexidade, pois demanda habilidade, emprego de tecnologia e profissionais treinados para um bom resultado e rápida recuperação. Além disso, é importante que o paciente seja avaliado desde o início em ambiente multidisciplinar e integrado, onde os especialistas de diferentes áreas contribuem para traçar a melhor estratégia de tratamento, considerando as particularidades de cada paciente.
O tempo de internação e recuperação após a alta dependem das condições do paciente antes da cirurgia, do tipo de procedimento, do volume de fígado removido, da equipe assistente e da estrutura hospitalar. Em um mês, a maior parte dos pacientes já pode retornar às atividades cotidianas, enquanto os esforços físicos mais intensos são retomados em até 90 dias.
Ao longo da recuperação são necessárias consultas periódicas com a equipe médica, que avaliará a necessidade de outros tratamentos complementares e dos exames de acompanhamento. Durante todo o processo o paciente pode contar com o apoio das diversas especialidades de forma personalizada, em um único local, valores do Centro Avançado Hepatobiliar do HSVP.
Cirurgia do Pâncreas
Por ter íntima relação com diversos órgãos e vasos sanguíneos importantes, o pâncreas é um dos órgãos que requer maior experiência e habilidade para a abordagem cirúrgica.
A cirurgia realizada de forma mais frequente no pâncreas é a chamada pancreatectomia, que tem por objetivo remover uma parte (pancreatectomia parcial) ou todo o órgão (pancreatectomia total). É possível realizar o procedimento de forma convencional (aberta) ou através de cortes pequenos visualizando o órgão através de uma microcâmera (pancreatectomia por videolaparoscopia).
A pancreatectomia pode ser necessária para tratar um câncer ou uma lesão suspeita nesse órgão. A cirurgia é a única forma de obter a cura dos tumores desse órgão e, para isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito rapidamente, ainda em estágio inicial da doença.
De acordo com a complexidade dos casos, algumas cirurgias de pâncreas possuem maior risco de complicações inerentes. Muitas vezes é necessário que a equipe multiprofissional avalie os benefícios previsíveis para oferecer uma estratégia de tratamento racional e vantajosa para o paciente.
O período de recuperação após a cirurgia é variável. O tempo de internação depende do tipo de cirurgia (parcial ou total), da localização do tumor (cabeça, corpo ou cauda do pâncreas), das condições clínicas do paciente antes da cirurgia e da ocorrência de complicação no período pós-operatório. Após a alta, em 30 dias é possível o retorno às atividades cotidianas de baixo esforço físico e às caminhadas leves. A prática de atividades físicas mais intensas costuma ser liberada após cerca de 60 dias.
O Centro Avançado Hepatobiliar do HSVP tem entre seus principais objetivos proporcionar um atendimento humanizado e personalizado. Nossa equipe de cirurgiões fica à disposição para as dúvidas corriqueiras e reavaliações periódicas em consulta médica durante a recuperação.
Cirurgia das Vias Biliares
As cirurgias das vias biliares compreendem diferentes tipos de procedimentos para tratamento de diversas doenças que podem obstruir os ductos biliares.
Chamamos de vias biliares toda a rede de ductos que levam a bile produzida no fígado até o duodeno (primeira parte do intestino delgado) para a digestão das gorduras alimentares. A vesícula biliar faz parte dessa rede de ductos, funcionando como reservatório de bile.
Os principais sinais de que o paciente está com uma obstrução do ducto biliar são icterícia (pele amarela), urina escura (colúria) e fezes claras (acolia fecal). Casos sem estes sinais também são possíveis e podem se manifestar com coceira, enjoo e dor inespecífica no alto do abdome.
Quando o paciente possui alguma condição que leva ao fechamento de um ou mais ductos, seja por tumor, cálculos biliares (pedras), cicatrização inadequada de uma cirurgia prévia (estenose) ou malformação, pode ser necessário retirar uma parte do fígado ou apenas o ducto comprometido e refazer o caminho para a bile chegar ao duodeno.
Em alguns casos outros, procedimentos menos invasivos, realizados por endoscopia ou por radiologia intervencionista, podem substituir ou se associar ao tratamento cirúrgico, sendo a melhor estratégia para cada caso sempre traçada por equipe multiprofissional especializada em doenças hepatobiliares. O Centro Avançado Hepatobiliar conta com grande estrutura física e humana capaz de tratar doenças das vias biliares de forma integrada.
Cirurgias de Hérnias da Parede Abdominal
As hérnias são defeitos na parede abdominal por onde se projeta algum órgão ou conteúdo de dentro do abdome.
O paciente pode perceber uma hérnia como um volume ou abaulamento, onde pode haver certa sensibilidade ou dor, principalmente, na região inguinal (a região da virilha) e umbilical (a região do umbigo). Algumas vezes, o abaulamento pode surgir no local de uma cicatriz cirúrgica prévia, onde a parede abdominal fechou de forma incompleta. Nesse caso, damos o nome de hérnia incisional.
O tipo de cirurgia da hérnia depende da localização, tamanho e avaliação clínica do paciente. As hérnias maiores necessitam da colocação de uma tela de reforço para evitar reincidência da doença no futuro. Algumas hérnias de parede abdominal podem ser corrigidas por diferentes vias: a cirurgia aberta (convencional) ou cirurgia por videolaparoscopia. Já as hérnias da região umbilical são tratadas com corte no próprio umbigo, de modo que a cicatriz em geral fica imperceptível.
Os cirurgiões do Centro Avançado Hepatobiliar do HSVP realizam ambas as técnicas e o paciente poderá tirar as dúvidas sobre o melhor para o seu caso. O tempo de internação é curto e após a alta é recomendado um repouso maior nos primeiros 15 dias. Em seguida, as atividades vão retornando ao habitual gradativamente, até o completo restabelecimento com 90 dias de pós-operatório.
Biópsia Hepática
A biópsia hepática é indicada para o diagnóstico ou estadiamento de algumas doenças do fígado como, por exemplo, a hepatite autoimune, a rejeição após o transplante hepático, a esteatohepatite, algumas doenças colestáticas e a avaliação do nódulo hepático indefinido, quando os demais exames menos invasivos não conseguem definir o diagnóstico.
Por meio da biópsia hepática são obtidas pequenas amostras de tecido do fígado que são avaliadas ao microscópio para obter informações importantes sobre o tipo e evolução da doença, impactando o tratamento que deve ser realizado. O procedimento pode ser realizado por via percutânea (punção na pele), guiado por ultrassonografia, ou cirurgicamente por videolaparoscopia.
As condições da saúde do paciente influenciam na escolha entre os tipos de biópsia. Na maioria das vezes, é realizada por via percutânea guiada, que ocorre sob anestesia local e sedação, permitindo que poucas horas após o procedimento o paciente possa receber alta, voltando às suas atividades habituais no dia seguinte.
Quando a biópsia hepática é feita por laparoscopia, ocorre sob anestesia geral e pode ser necessário permanecer por até 24h na internação. Dentro de duas semanas o paciente deverá voltar em consulta para reavaliação e receberá o resultado da análise microscópica.
Consultas de Hepatologia Clínica
As consultas de hepatologia clínica são voltadas para as doenças de natureza clínica, ou seja, que não possuem tratamento cirúrgico ou que existem apesar do tratamento cirúrgico e devem ser acompanhadas antes e depois da cirurgia hepática.
Os principais exemplos de doenças clínicas do fígado são as hepatites por vírus (A, B e C), a cirrose hepática, a esteatose hepática (ou doença gordurosa do fígado), a hepatite autoimune, a cirrose biliar primária, a colangite esclerosante, a doença de Wilson e a hemocromatose. Quase todas essas condições exigem acompanhamento por toda a vida.
Outras situações podem demandar a avaliação pontual de um hepatologista, como a Síndrome de Gilbert e as alterações hepáticas causadas por medicamentos, ervas e suplementos.
Consultas de Gastroenterologia Pancreática
As consultas de gastroenterologia pancreática têm como objetivo o diagnóstico correto e o acompanhamento dedicado às lesões do pâncreas, em especial, suas neoplasias císticas. Os principais exemplos são as neoplasias císticas serosas e mucinosas, a neoplasia mucinosa papilar intraductal (NMPI), tumor pseudopapilar sólido, além das demais lesões focais, doenças inflamatórias, autoimunes e funcionais do pâncreas exócrino.
O Centro Avançado Hepatobiliar conta com a integração da equipe multiprofissional, exames e procedimentos específicos necessários para a condução das doenças do pâncreas.
Projeto Esteatose Hepática
O projeto Esteatose Hepática é voltado para uma condição cada vez mais prevalente na população dos países industrializados: a doença gordurosa não alcoólica do fígado, conhecida popularmente como “gordura no fígado”.
A doença pode estar ligada a diversas alterações metabólicas como a diabetes, a resistência insulínica e a obesidade.
O objetivo do projeto é estratificar os pacientes portadores de esteatose hepática, especialmente identificando aqueles de alto risco para evolução indesejada para fibrose e cirrose hepáticas.
O acompanhamento a longo prazo, em conjunto com outros médicos especialistas (endocrinologista, cardiologista) e profissionais de saúde (nutricionista, psicólogo, educador físico) ajuda a promover mudanças do estilo de vida e propor ajustes periódicos das estratégias adotadas.
O Centro Avançado Hepatobiliar direciona os portadores de esteatose hepática para um ambulatório de hepatologia especializado para coordenar este acompanhamento e realizar intervenções quando necessário.
Elastografia Hepática Ultrassônica
A elastografia hepática é um exame realizado através do equipamento de ultrassonografia. O exame dispensa preparo específico e, em poucos minutos, de forma totalmente indolor e não invasiva, consegue medir a elasticidade do fígado.
O objetivo da elastografia é identificar o endurecimento do fígado através da medição da velocidade que as ondas de ultrassom passam pelo tecido hepático. Tecidos mais “duros” sugerem a presença fibrose hepática, uma espécie de cicatrização entre as células do fígado.
Atualmente, é um recurso indispensável na investigação e acompanhamento dos pacientes com doenças hepáticas. Os pacientes acompanhados no Centro Avançado Hepatobiliar podem realizar a elastografia hepática ultrassônica com profissionais integrantes do grupo de fígado, com conforto e comodidade, no mesmo lugar das consultas.
Transplante de Fígado
O transplante hepático é o procedimento cirúrgico em que ocorre a substituição do fígado doente, que já não exerce todas as funções de forma adequada, por um outro fígado saudável (ou parte dele) proveniente de um doador vivo ou falecido.
O procedimento é indicado para os pacientes com doença hepática crônica avançada, conhecida como cirrose hepática, quando há dano progressivo e irreversível do fígado. Também pode ser recomendado para alguns tipos de tumores ou em situações específicas em que há perda súbita da função hepática em um indivíduo previamente saudável.
O transplante hepático só pode ser realizado por equipes e hospitais credenciados pelo Ministério da Saúde, como é o caso do HSVP.
Da lista de espera ao transplante
O Ministério da Saúde é o órgão responsável pela lista de espera pelo órgão em nível nacional. A posição de um paciente que aguarda a doação de fígado para transplante depende da pontuação MELD, que varia conforme o resultado dos exames de sangue. Quanto mais alterações nos exames, mais grave o paciente, mais elevado fica o MELD.
Uma pessoa que aguarda o transplante deve realizar periodicamente tais exames de sangue para atualizar a posição na lista de espera e se preparar para o procedimento. À medida que sua posição sobe na lista, a chance de um fígado compatível aumenta, mas o dia exato do transplante é imprevisível.
Quando um órgão compatível é disponibilizado, o receptor é chamado para a cirurgia, que pode levar algumas horas e conta com dezenas de profissionais e diversos recursos do hospital e do centro cirúrgico.
Imediatamente após a cirurgia, o paciente segue para o Centro de Terapia Intensiva até o reequilíbrio do organismo. A duração da internação hospitalar varia de acordo com a gravidade do caso antes do transplante, com a resposta à cirurgia e com o bom funcionamento do fígado novo.
Vida após o transplante
Logo depois da cirurgia e por toda a vida, o indivíduo transplantado precisará usar medicação imunossupressora. Ela reduz a imunidade para evitar que o corpo rejeite o novo órgão.
O paciente pode voltar a realizar suas atividades cotidianas quando se recupera da operação e o novo fígado passa a funcionar. Na maioria das vezes, é possível voltar a trabalhar, fazer viagens longas, praticar esportes e ter vida social habitual, desde que adote um estilo de vida saudável, faça abstenção do consumo de álcool e mantenha acompanhamento regular com a equipe médica.