O verão está aí! E ele é um convite as atividades ao ar livre, coisa que o carioca especialmente adora. Mas, com a chegada da estação mais ensolarada do ano, é preciso ter cuidados especiais com a pele. Afinal, a exposição prolongada e descuidada ao sol pode provocar o câncer de pele, tumor de maior incidência no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Monika Neffa, dermatologista do nosso Ambulatório de Dermatologia com foco nas lesões pré-câncer e oncológicas, lembra que, além do uso de boné e roupas adequadas, é preciso passar protetor solar em todas as áreas do corpo, especialmente aquelas esquecidas: orelhas, pés e pescoço.
“A orelha está diariamente exposta aos raios ultravioletas (UV)”. De acordo com a médica, o câncer de pele nessa região não é muito diferente de outros tumores cutâneos. “Ele varia desde uma úlcera ou mancha com cores diferentes e irregulares até feridas que nunca cicatrizam e persistam por mais de 28 dias. Se dentro desse período você já não vê uma resolução, procure o dermatologista”, alerta.
Ainda, de acordo com a especialista, a complexidade da anatomia do pavilhão auricular (com convexidades e concavidades) além de pouca pele revestindo cartilagem, fazem do local um desafio no tratamento de tumores. A nossa especialista explica que pessoas com cabelos curtos devem se atentar mais para essa região:
“Ao longo da vida, essa parte do corpo tem uma fotoexposição acentuada. Outro fator predisponente para câncer nessa região é o fototipo do paciente: cabelos claros, olhos claros, queimam, mas não bronzeiam.”
A médica lembra também que pessoas que fazem atividades ao ar livre, mesmo em dias nublados, devem reaplicar o produto sempre que molhar ou que suar, a cada duas horas e utilizar chapéus e bonés.