O número anual de fraturas de quadril deve quadruplicar no Brasil até 2050, passando de 50,5 mil para 199,1 mil casos. É o que aponta um estudo global realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Aqui no HSVP, as fraturas de quadril são responsáveis pela maioria dos atendimentos na nossa Emergência Ortopédica, de acordo com o ortopedista Ronaldo Arakaki, especialista em quadril da nossa equipe. “Essas fraturas atingem principalmente pessoas com idades a partir dos 65 anos, sendo a maioria mulheres”, lembra o médico. Ele explica que este tipo de fratura ocorre normalmente por queda, causada por algum obstáculo, por uma síncope (perda de consciência), desequilíbrio ou fraqueza muscular. E, na maioria dos casos, o tratamento escolhido é cirúrgico.
“Em pacientes mais idosos, o tratamento conservador pode acarretar em complicações pelo fato de obrigar o paciente a ficar deitado por um longo período. Então, podem surgir escaras ou ele pode ter pneumonia ou trombose venosa profunda, por exemplo”.
No HSVP, esses pacientes são encaminhados ao nosso Ambulatório de Osteoporose, para o devido acompanhamento com um endocrinologista.
“Isso é extremamente importante. Minha experiência mostra que pelo menos metade dos pacientes não dá prosseguimento ao tratamento e cerca de 40% deles volta a ter uma fratura. A grande questão é que parte dessas fraturas podem ser evitadas por quem faz acompanhamento ambulatorial regular e está com os exames em dia, pratica atividade física e mantém alimentação balanceada”, frisa Arakaki.
O especialista recomenda o uso de bengalas e andadores, além de preparar a casa para reduzir o risco de acidentes:
- instalação de barras de segurança;
- ajuste da altura do sofá, cama e do vaso sanitário;
- iluminação adequada dos ambientes;
- retirada de tapete e objetos do meio do caminho;
- garantir que as portas tenham largura mínima de 80 cm para permitir a passagem de andadores e cadeiras de rodas.