Convidamos a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares, Isabella Albuquerque, para ajudar a esclarecer algumas das principais dúvidas sobre a imunização contra a Covid-19 . Confira!
Por que a vacinação é tão importante?
Não existem medicamentos para o tratamento eficaz da Covid-19. A única forma de impedir essa disseminação é a vacinação. Quanto mais pessoas se vacinarem, maiores as chances de uma ampla imunidade e do verdadeiro bloqueio da transmissão da Covid-19.
A vacina é mesmo segura?
Sim. As etapas de teste e de segurança feitas em laboratório e em voluntários para que um medicamento seja liberado para uso são extremamente rígidas. São necessárias, ainda, a revisão e aprovação pelo órgão sanitário oficial de cada país (a Anvisa no Brasil) para só então ser usado em larga escala.
Como foi possível desenvolver uma vacina em tempo recorde?
Nenhuma das etapas foi pulada ou abreviada. Havia pesquisas bastante adiantadas desde 2003 sobre o SARS-CoV e o MERS-CoV. Também houve um investimento gigantesco de alguns países, unindo os maiores pesquisadores do mundo. O grande número de casos também facilitou a fase de testes.
Essas vacinas podem causar efeitos colaterais graves?
Pelo que se sabe as vacinas da Coronavac, Sinovac, Pfizer, Moderna, Astra-Zeneca e Sputnik não apresentaram efeitos colaterais graves. Estão previstas situações como dor no local da injeção e no corpo e febre baixa. Houve casos de alergia com a vacina da Pfizer, principalmente em pessoas com histórico alérgico.
Algumas pessoas acreditam que não precisam se vacinar. Isso é verdade?
Quanto mais pessoas vacinadas, mais ampla é a proteção na população. E maiores também são as chances de preservar quem ainda não pode se vacinar, como crianças e gestantes.
Quem não pode tomar a vacina?
Por enquanto gestantes, puérperas, lactantes, menores de 18 anos, pessoas com quadro de alergia associada à 1ª dose ou a algum componente da vacina, pessoas com febre ou início agudo de alguma doença crônica. Quem teve Covid-19 deve aguardar 4 semanas a partir do início dos sintomas. Nos casos assintomáticos, 4 semanas a partir do RT-PCR positivo.
A vida volta ao normal após tomar a vacina?
No caso da Coronavac são necessárias 2 doses (intervalo de 14 a 28 dias) e um período entre 10 a 14 dias após a última dose para que a imunidade aconteça. Já a vacina da Astra-Zeneca precisa de 2 doses (intervalo de 3 meses) e, só então, a pessoa fica imune.
Mesmo quem tomou a vacina pode pegar a doença e transmiti-la a outras pessoas. Por isso, todos devem usar máscara e manter a higienização das mãos e o distanciamento social até que a maior parte da população esteja vacinada.